
Em criança ficava sempre tão contente quando tinha noticias tuas... Quando te via abraçava-te e não te queria largar. Lembro-me perfeitamente de me sentar ao teu colo e de ser a criança mais feliz do mundo.
Nunca estive em tua casa, a coisa mais perto disso, foi a minha ida a casa da minha madrasta (cujo nome não me recordo). Lembro-me de brincar com os teus gatinhos, que não gostavam muito de mim. Lembro-me de não conseguir dormir, e lembro-me de ir fazer puzzels contigo...
Mas as visitas começaram a diminuir, eu cresci e parei de viver num mundo que não via a maldade. Comecei a sentir a tua falta, a sentir que por um lado era diferente...
Com o passar dos anos, habituei-me a esta situação, e quando vim para Portugal, aconteceu aquilo que eu não queria. Aquele telefonema que me deixou com uma imagem ainda pior de ti...
Mas a verdade é que as coisas mudam, e agora, ao fim de 5 anos, tive noticias tuas. Quando dei conta que eras tu que estavas ao telefone, vieram-me as lágrimas aos olhos, não sabia o que dizer, estava estática. Chamaste-me MEU AMOR... E foi uma sensação espectacular.
Pensei que me tinha habituado a situação, e tentei convencer-me que tu não eistias, mas a verdade é que nunca me habituei a isto, e ouvir novamente a tua voz, foi algu de inesquecível…
Obrigada.
Estou ansiosa pelo dia em que te vou votar a ver, mas essa ansiedade esta cheia de receio e medo…
Pai!
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